Peça de roupa tem 39,04% de imposto, diz varejo de moda em briga com isenção de importados

Peça de roupa tem 39,04% de imposto, diz varejo de moda em briga com isenção de importados

Ao comprar uma peça de roupa ou um calçado em uma loja brasileira, o consumidor paga 39,04% em impostos, segundo a Abvtex (Associação Brasileira do Varejo Têxtil).

O dado consta de um estudo feito pelo Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação para o IDV (Instituto para Desenvolvimento do Varejo), entidade que vem encabeçando as críticas à concessão de isenção de imposto para compras importadas de até US$ 50 em ecommerces cadastrados no Remessa Conforme.

A Abvtex defende que a competição com os importados isentos do tributo (que é de 60% do valor da compra com taxas e frete) complica ainda mais as condições do setor na Black Friday, a data de promoções do comércio.

A entidade representa nomes como Arezzo&CO (Anacapri, Reserva, Arezzo, Alexandre Birman), C&A, Centauro, Riachuelo, Dafiti, Malwee, Marisa, Renner, e os grupos Soma (Animale, Farm, Hering, Cris Barros, NV) e InBrands (Ellus, Richards, Bobstore, VR, Herchcovitch;Alexandre e Salinas).

A Shein, uma das empresas aderiu ao programa do governo federal que isenta e agiliza a entrada de compras de até US$ 50, recebeu, em três dias, 200 toneladas de encomendas. Shopee, Mercado Livre e AliExpress também estão no Remessa Conforme.

As indústrias têxtil e de calçados têm defendido que as fábricas locais tenham o mesmo tratamento tributário dedicado aos marketplaces internacionais.

Folha de S. Paulo, Painel S.A., 2/10/2023
Foto: Pixabay