Até entidade que tem Josué Gomes na diretoria pede volta de imposto da Shein

Até entidade que tem Josué Gomes na diretoria pede volta de imposto da Shein

O IDV, juntamente com outras 40 entidades, assinou um manifesto avaliando os impactos da isenção para plataformas digitais internacionais de remessas até US$ 50,00.

Até o Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo) assinou o manifesto enviado ao Ministério da Fazenda exigindo o fim da isenção de produtos importados até US$ 50.

Painel S.A. / Folha de S. Paulo
Julio Wiziack e Diego Felix

A entidade tem Josué Gomes como vice-presidente. Ele preside a Fiesp e é dono da Coteminas, têxtil que firmou acordo com a Shein, uma das marcas que se beneficiam da cota de isenção.

Ciesp e Fiesp fazem parte do mesmo sistema que representa a indústria de São Paulo. O presidente do Ciesp tem assento no comando da Fiesp e o presidente da Fiesp é vice-presidente do Ciesp.

O documento enviado ao ministro Fernando Haddad (Fazenda) tem a chancela de 48 entidades dos setores do varejo e da indústria. Elas reclamam para Haddad de uma “injustificável” demora do governo em analisar o retorno do imposto.

“Não há mais o que aquilatar, considerando os claríssimos efeitos nocivos dessa benesse na indústria e no varejo nacionais, decorrentes da falta de isonomia tributária”, diz o manifesto.

Assinam o documento organizações como o Ciesp, IDV (Instituto de Desenvolvimento do Varejo), ABVTEX (Associação Brasileira do Varejo Têxtil), Força Sindical, Sindilojas, Abcomm (comércio eletrônico), Alobrás (lojistas do Brás), Abicalçados, Abevd (empresas de vendas diretas), entre outras.

As associações afirmam que a incidência impostos sobre a operação é muito maior do que os 17% que as empresas estrangeiras começaram a pagar a partir de agosto.

Uma das preocupações dos varejistas se dá com o Dia das Mães. Segundo o setor, se a isenção não for revogada com urgência e antecedência suficiente, as encomendas junto à indústria visando o evento serão prejudicadas.

Os empresários também afirmam que “a morosidade na avaliação do governo”, gera perdas em produção e vendas, “com reflexos negativos nos empregos”. O mais correto, neste cenário de indefinição, seria isentar as empresas da indústria e do comércio, para evitar “concorrência desigual”.

Imagem: Divulgação