Sinais de esperança

Sinais de esperança

Confira o artigo do conselheiro do IDV Flávio Rocha, publicado pelo jornal Tribuna do Norte.

Certamente, uma das principais características do povo brasileiro é sua resiliência. Essa capacidade de lidar com problemas, adaptar-se a mudanças, superar obstáculos ou resistir à pressão de situações adversas é comprovada ano após ano por nós. Nas últimas duas décadas, enfrentamos uma série de desafios: corrupção endêmica, crise econômica mundial, crise fiscal e, talvez o mais pesado de todos: a pandemia do coronavírus. Todos estes eventos deixaram cicatrizes em nosso tecido social: desemprego, inflação e vidas perdidas. Mas, hoje, temos motivos para enxergar os primeiros sinais de esperança, luzes no fim do túnel, o início do retorno da prosperidade.

Atualmente, as campanhas de imunização contra a Covid-19 alcançam números consideráveis, já são 79,5% dos brasileiros totalmente vacinados (mínimo de duas doses), segundo os dados do Ministério da Saúde. Com isso, as rotinas estão voltando aos poucos ao normal, trazendo a população às condições de vida e consumo cada vez mais próximos do que vivíamos antes do período pandêmico.

O principal efeito: pessoas voltando aos seus trabalhos e suas atividades, o que, consequentemente, aumenta e movimenta a atividade econômica. Obviamente, não será do dia para noite que reverteremos todas as consequências de uma pandemia que levou milhares de vidas e inviabilizou certas ações econômicas por quase 3 anos. E é sabido que o Brasil vai seguir sentindo os efeitos de variáveis ligadas à economia internacional, que flutuam. Afinal, neste momento há uma guerra que impacta muito as relações econômicas globais. Mas, mesmo diante deste cenário, já é possível ter esperança e a luz no fim do túnel já está visível.

Um exemplo disso são os resultados da geração de emprego no País, divulgados agora no fim de junho pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Os dados apontam que, nos cinco primeiros meses de 2022, o Brasil já criou 1.051.503 vagas de empregos com carteira assinada; derrubando o desemprego a 9,8%, a menor taxa dos últimos 7 anos. O resultado pode melhorar ainda mais com a previsão do Banco Central, que ampliou a estimativa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 2022, de 1% para 1,7%.

E nós do Grupo Guararapes seguimos apostando no Brasil e nos brasileiros, temos mais de 400 oportunidades de emprego em nossa rede para os mais diversos cargos, sem contar com as vagas para o nosso programa de trainee, aberto há poucas semanas. Acreditamos na retomada do crescimento do nosso país e continuaremos apostando na futura geração de profissionais.

Agora, a questão maior é: gerenciamento. As nações e organizações que melhor planejarem suas economias, com medidas de contenção, reformas e outras ferramentas terão mais capacidade de seguirem estáveis às turbulências e enfrentar as exigências dos próximos anos. Não podemos ficar para trás, o Brasil deve focar no futuro; nas oportunidades que nos esperam e ver o passado somente como forma de aprendizado. Pois, como nas palavras do psiquiatra austríaco Viktor Frankl: “No passado nada está irremediavelmente perdido, mas está tudo irrevogavelmente guardado”. Então, vamos seguir em frente!

*Flávio Rocha é empresário, formado em administração de empresas pela FGV, fundou e presidiu o IDV (Instituto de Desenvolvimento do Varejo). Atualmente, é presidente do conselho do grupo Guararapes, que inclui as empresas Riachuelo, Midway, Midway Shopping Center e Casa Verde.

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