Vendas do varejo devem registrar aumento nominal entre junho e agosto

Vendas do varejo devem registrar aumento nominal entre junho e agosto

Os mais recentes dados do IAV-IDV (Índice Antecedente de Vendas do Instituto para Desenvolvimento do Varejo), elaborado com base nas projeções feitas pelas empresas associadas do Instituto e apurado pela EY, projetam aumento nominal das vendas, sem descontar a inflação, de 7,3% em junho, 7,8% em julho e 9,3% em agosto, na comparação com os mesmos meses do ano anterior.

Mercado&Consumo – 21 de junho de 2022

As vendas do varejo devem registrar aumento nominal em junho, julho e agosto, segundo as projeções do Instituto para Desenvolvimento do Varejo (IDV). As empresas associadas ao instituto estimam aumento nominal das vendas de 7,3% em junho, 7,8% em julho e 9,3% em agosto, na comparação com os mesmos meses do ano anterior.

O IAV-IDV (Índice Antecedente de Vendas do Instituto para Desenvolvimento do Varejo) é elaborado com base nas projeções feitas pelas empresas associadas do instituto e apurado pela EY.

Descontada inflação medida pelo IPCA (Índice de Preço ao Consumidor Amplo) projetado, a previsão é de queda nas vendas de 4,3% em junho e 3,4% em julho e estabilidade em agosto, sempre em relação aos mesmos meses do ano anterior. Em maio deste ano, houve queda de 2,6% em relação a maio de 2021 e crescimento de 18% em relação a maio de 2019, no período pré-pandemia. Maio deste ano foi o primeiro mês de variação negativa após dois meses seguidos de variação real positiva.

O IAV projetado ajustado pela inflação indica variações negativas, e parte dos resultados e das expectativas do varejo é explicada pela flutuação das bases de comparação, reflexo das medidas de isolamento contra a covid-19, cenário macroeconômico degradado em 2020, retomada da inflação e aumento das taxas de juros desde 2021.
Desempenho por setor

Quatro dos seis setores do varejo analisados apresentaram variação nominal positiva em comparação com o mesmo mês do ano anterior, com destaque para tecidos, vestuário e calçados e artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria. Já os setores de móveis e eletrodomésticos e de material de construção apresentaram variação nominal negativa. Parte dos resultados também é explicada pela pandemia de covid-19, além da retomada da inflação e do aumento das taxas de juros, que resultam na deterioração dos setores impulsionados por crédito e priorização de itens de primeira necessidade pela população.

“Nos últimos meses, as previsões do IAV têm se mostrado em consonância com os números divulgados pela PMC (Pesquisa Mensal do Comércio), do IBGE, o que demonstra a credibilidade do nosso índice. O IAV produz indicadores que permitem acompanhar o comportamento mensal das vendas do varejo e fornecem expectativas sobre o setor a partir de informações de receita reportadas pelas empresas associadas ao IDV”, explica Jorge Gonçalves Filho, presidente do IDV.

O IDV representa 76 empresas varejistas de diferentes setores como alimentos, eletrodomésticos, móveis, utilidades domésticas, produtos de higiene e limpeza, cosméticos, material de construção, medicamentos, vestuário, e calçados.

Imagem: Shutterstock