Varejo cobra retomada de operações veloz ‘assim que houver segurança’

Varejo cobra retomada de operações veloz ‘assim que houver segurança’ Varejo cobra retomada de operações veloz ‘assim que houver segurança’

Grupo formado por 70 redes pede ainda adiamento no pagamento de impostos e irrigação da economia para evitar demissões

Por Adriana Mattos, Valor — São Paulo
24/03/2020

O IDV, principal associação do empresariado ligado ao varejo, informou nesta terçafeira que os associados do instituto “corroboram com a necessidade de fechamento de lojas e doações significativas no combate à pandemia, mas esperam uma análise em tempo real para que as operações sejam retomadas imediatamente, assim que certificada a segurança da saúde da população.”

É a primeira vez que o IDV levanta esse ponto de retomada imediata das operações logo que condições de saúde apontarem para essa possibilidade. A questão foi mencionada após o empresário Abilio Diniz ter dito na noite de ontem acreditar em um horizonte de semanas para uma volta da economia à normalidade, como relatou o Valor ontem.

“A situação não é tão grave assim. O coronavírus se espalha rapidamente e temos de ficar reclusos, mas não por muito tempo. Precisamos de um horizonte de semanas, não de meses. Precisamos saber que isso vai passar. E eu gostaria que as autoridades dissessem isso, passassem essa mensagem”, afirmou ele em uma transmissão ao vivo.

Os 70 associados da entidade somam faturamento anual de R$ 345 bilhões, cerca de aproximadamente, 30 mil estabelecimentos comerciais e 200 centros de distribuição, No âmbito trabalhista, o IDV acredita que há a necessidade de concessão de férias individuais e também coletivas, licença remunerada, utilização de banco de horas, redução de salário, entre outras medidas.

No âmbito tributário, o IDV encaminhou sugestões com uma série de medidas a serem estudadas pelo Governo Federal, sendo uma delas a tarefa de socorrer Estados e municípios para permitir a prorrogação de todos os impostos, taxas e contribuições por 120 dias, de maneira ampla e irrestrita, com pagamento parcelado deste período entre julho e dezembro de 2020.

Para Silva, é necessário reduzir “as graves consequências de uma queda brutal da atividade econômica, que provocaria uma profunda recessão, com encerramento de muitas atividades e consequente altíssimo nível de desemprego”.