Guedes apoia ideia de ‘passaporte da imunidade’ para quando houver reabertura da economia

Guedes apoia ideia de ‘passaporte da imunidade’ para quando houver reabertura da economia

O ministro da Economia, Paulo Guedes, apoiou publicamente a ideia de um “passaporte de imunidade” para que pessoas não infectadas pelo coronavírus possam voltar ao trabalho quando houver uma reabertura da economia.

“Agora nós estamos em isolamento. Estamos planejamento uma saída. Já estamos nos preparando, pensando lá na frente também, nos testes de massa”, disse Guedes, em uma videoconferência com empresários do varejo. “Tem o passaporte de imunidade, está negativo? Pode circular. As pessoas vão sendo testadas semanalmente. Quem estiver livre [do coronavírus], continua trabalhando normalmente”.

Guedes contou, aos participantes da videoconferência, ter conversado neste sábado com um “amigo” na Inglaterra que lhe relatou a iniciativa britânica do chamado “passaporte de imunidade”. De acordo com o ministro, esse amigo lhe disse que teria como providenciar 40 milhões de testes por mês para o Brasil. Ele afirmou ter repassado a proposta para seu colega da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, para uma análise.

Na realidade, a ideia do “passaporte de imunidade” – cogitada pelo Reino Unido e pela Alemanha – se restringe aos pacientes que já contraíram o coronavírus e foram curados da covid-19. Os governos britânico e alemão estudam a testagem dessas pessoas para saber se elas desenvolveram anticorpos suficientes para ficar imunes a um novo contágio e, assim, voltar ao trabalho normalmente. Seria uma forma de acelerar o retorno – gradual – da economia.

Guedes falou do “passaporte da imunidade” mais na linha do que a propõe a Confederação Nacional da Indústria (CNI), com testes semanais ou quinzenais de trabalhadores e o isolamento apenas dos infectados, além de pessoas nos grupos de risco.

A videoconferência foi organizada por entidades como Câmara Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), Instituto de Desenvolvimento do Varejo (IDV), Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil, Associação Brasileira de Supermercados (Abras) e outras.

A gravação da videoconferência está disponível aqui