Lojas de rua e setor imobiliário podem reabrir amanhã em SP com restrições, confirma Prefeitura

Lojas de rua e setor imobiliário podem reabrir amanhã em SP com restrições, confirma Prefeitura

O comércio de rua poderá abrir as portas entre 11h e 15h. As imobiliárias vão abrir quatro horas por dia, desde que o horário de funcionamento não ocorra durante o horário de pico

Valor Investe | 10/06/2020

A Prefeitura de São Paulo confirmou a assinatura nesta terça-feira de um termo de compromisso com 27 entidades representativas de imobiliárias e do comércio de rua para promover a abertura ao público desses setores já a partir de amanhã, conforme adiantou o Valor.

O comércio de rua poderá abrir as portas entre 11h e 15h. As imobiliárias vão abrir quatro horas por dia, desde que o horário de funcionamento (abertura e fechamento) não ocorra durante o horário de pico. Assinam o termo entidades do setor imobiliário como Abrainc, Cresci-SP e Secovi e dos lojistas, como Abiv, Abvtex, ACSP, Fecomercio, Alobrás, Univinco, entre outras (veja lista completa abaixo).

“A principal regra a ser observada é o horário de funcionamento”, disse em um vídeo o prefeito Bruno Covas (PSDB). Segundo ele, a expectativa é que amanhã seja assinado termo semelhante com o setor de shoppings centers, para que possam voltar a funcionar a partir de quinta-feira. Com isso, a Prefeitura terá termos de reabertura assinados com cinco setores. Na sexta-feira da semana passada, a administração autorizou a volta de concessionárias de veículos e escritórios de prestação de serviços.

Além do horário alternativo e reduzido de funcionamento, as entidades comprometeram-se com medidas como de distanciamento social, higiene, sanitização de ambientes, orientação a clientes e funcionários, compromisso para testagem de empregados e medição de temperatura dos clientes, sistema de agendamento para atendimento, protocolo de fiscalização e monitoramento do próprio setor (autotutela) e apoio para funcionários que não tenham quem cuide de seus dependentes no período em que estiverem fechadas creches, escolas e abrigos.

Segundo Covas, são compromissos assumidos com os setores “para que a gente possa sempre ir avançando, para que a cidade não retroceda nos seus índices de contaminação, para que a gente não volte à fase 1”.

O prefeito reforça que a cidade continua em quarentena e pede que a população evite deslocamentos desnecessários e aglomerações e que continue a usar máscaras, álcool gel e a fazer a higiene adequada das mãos. “A cidade passou para a fase 2, mas continua em quarentena. Nós conseguimos controlar a disseminação do vírus, mas ele ainda é uma realidade a ser enfrentada”, disse. “Com os índices, é possível flexibilizar, é possível abrir, mas a luta continua.” De acordo com a Prefeitura, os protocolos sanitários só deixarão de ser adotados quando acabar o Estado de Calamidade Pública na cidade.

O Sindicato dos Comerciários de SP também valida o plano de reabertura, mas se diz preocupado com o risco de contágio sobretudo no transporte público. “A minha visão é de que, em primeiro lugar, vem a saúde. Sempre fomos favoráveis à restrição horizontal enquanto houvesse a possibilidade de explosão [de casos], e ainda há. Mas mesmo o sindicato vinha recebendo pressão de trabalhadores, que estão há mais de 70 dias em casa, sem recursos e com medo de perder o emprego. De certa forma, validamos a abertura, mas com uma preocupação muito grande principalmente na questão do transporte”, disse Ricardo Patah, presidente do sindicato.

Entidades que assinaram o protocolo de reabertura:

Imobiliárias:

– ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE INCORPORADORAS IMOBILIÁRIAS – ABRAINC
– CONSELHO REGIONAL DE CORRETORES DE IMÓVEIS – CRECISP
– SERVIÇO SOCIAL DA CONSTRUÇÃO CIVIL DO ESTADO DE SÃO PAULO – SECONCI-SP
– ASSOCIAÇÃO DAS ADMINISTRADORAS DE BENS IMÓVEIS E CONDOMÍNIOS DE SÃO PAULO – AABIC
– SINDICATO DAS EMPRESAS DE COMPRA, VENDA, LOCAÇÃO E ADMINISTRAÇÃO DE IMÓVEIS DE SÃO PAULO – SECOVI

Comércio:

– ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DA INDÚSTRIA DE VESTUÁRIO – ABIV
– ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE ESTILISTAS – ABEST
– ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DO SETOR DE BICICLETAS – ALIANÇA BIKE
– ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DO VAREJO TÊXTIL – ABVTEX
– ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DOS LOJISTAS SATÉLITES – ABLOS
– ASSOCIAÇÃO COMERCIAL DE SÃO PAULO – ACSP
– ASSOCIAÇAO COMERCIAL DOS JARDINS
– ASSOCIAÇÃO DE LOJISTA DO BRÁS – ALOBRÁS
– ASSOCIAÇÃO PAULISTA DOS EMPRESÁRIOS DO CIRCUITO DAS COMPRAS – APECC
– CÂMARA DE DIRIGENTES LOJISTAS DA SANTA IFIGÊNIA
– CÂMARA DE DIRIGENTES LOJISTAS DO BOM RETIRO
– FEDERAÇÃO DAS CÂMARAS DE DIRIGENTES LOJISTAS DO ESTADO DE SÃO PAULO
– SINDICATO DOS COMERCIÁRIOS DE SÃO PAULO
– UNIÃO DOS LOJISTAS DA RUA 25 DE MARÇO E ADJACÊNCIAS – UNIVINCO
– SINDICATO DO COMÉRCIO ATACADISTA DE DROGAS, MEDICAMENTOS, CORRELATOS, PERFUMARIAS, COSMÉTICOS E ARTIGOS DE TOUCADOR NO ESTADO DE SÃO PAULO
– SINDICATO DO COMERCIO DE SAO PAULO
– FEDERAÇÃO DO COMÉRCIO DE BENS, SERVIÇOS E TURISMO DO ESTADO DE SÃO PAULO – FECOMERCIO
– INSTITUTO PARA DESENVOLVIMENTO DO VAREJO – IDV
– ASSOCIAÇÃO EMPRESARIAL DA REGIÃO SUL – AESUL
– ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS PARA CONFECÇÃO – ABRAMACO
– SINDICATO DO COMERCIO ATACADISTA DE COUROS E PELES DE SAO PAULO
– CONSELHO REGIONAL DE REPRESENTANTES COMERCIAIS

(Esta reportagem foi publicada originalmente no Valor PRO, serviço de informações e notícias em tempo real do Valor Econômico)