Taxa de juros ao consumidor fecha em 31% ao ano em junho de 2018
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Os juros cobrados das pessoas físicas pelas instituições financeiras fecharam em junho de 2018 em 31% ao ano, ou seja, queda de 0,4 ponto percentual na comparação com o resultado do mês anterior. Na comparação com junho de 2017 os juros tiveram queda de 5,5 pontos percentuais.
A queda anual do indicador foi beneficiado pela queda da taxa de spread, que passou de 28,6% em junho de 2017 para os atuais 24,2% ao ano, queda de 4,4 pontos percentuais. No mesmo período, a taxa de captação cobrada pelos bancos teve queda de 1,1 p.p..
Na modalidade cartão de crédito – recursos livres, os juros cobrados para as pessoas físicas, passaram de 91,6% a.a. em junho de 2017 para os atuais 66,5% a.a., decrescimento de 25,1 pontos percentuais no período de um ano. Vale ressaltar que os juros do cartão de crédito na subcategoria rotativo, atualmente está em 291,9% ao ano, no ano passado estava em 380,1% a.a..
Entre as modalidades de crédito, o cheque especial continua sendo a maior taxa cobrada (desconsiderando o rotativo do cartão de crédito), atingindo o patamar de 304,9% a.a..
Segundo o Banco Central, no mês de junho de 2018, o volume de recursos livres e direcionados às pessoas físicas e jurídicas atingiu o montante de R$ 3.130 bilhões, apontando crescimento de 0,7% em relação ao mês imediatamente anterior e de 1,7% na comparação anual.
O valor de crédito disponível no Brasil, em junho de 2018, representa 46,8% do PIB, tendência de queda se compararmos com o ano passado, quando o crédito representava 47,9% do produto interno bruto. O maior patamar atingindo na série histórica, referente a participação do crédito no PIB, foi de 55,2% em novembro de 2013 .
O decrescimento da participação do PIB é puxado pela queda do crédito para as pessoas jurídicas, que caiu de 23,1% em relação ao PIB no ano passado para os atuais 21,5%.
A carteira destinada às pessoas físicas totalizou R$ 1.694 bilhões (54,1% de participação sobre o total de crédito disponível), crescimento de 6,2% na comparação anual. Já a carteira de crédito para as pessoas jurídicas somou R$ 1.436 bilhões, queda de -3,1% sobre o mesmo mês do ano passado.
Fonte: Banco Central. Elaboração: NE&PE/GS&MD Gouvêa de Souza
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